terça-feira, 12 de setembro de 2017

Palmer, Hatcher Pass e Arctic Valley

Esse passeio foi muito bacana! Fomos para o norte, a partir de Anchorage, e visitamos três lugares super interessantes! Uma cidade agropecuária, Palmer, e duas estações de ski, Hatcher Pass e Arctic Valley.

Tínhamos visto no Weather Channel que seria um dia chuvoso, então resolvemos reservar esse dia para um passeio de carro.


Palmer fica a 35 minutos de Anchorage e é uma cidade com atmosfera dos anos 50. A cidade ficou famosa na grande depressão de 1935, quando 203 famílias foram mandadas para a região para iniciar a colonização do lugar.

Não há muito além da avenida principal, mas o caminho até ela e a região são muito bonitos!










O passeio para Hatcher Pass, uma estação de esqui que no verão recebe visitantes para caminhadas, andar de bicicleta ou a cavalo, paragliding, e outros esportes, tem uma estrada linda que vai até o alto da montanha.






Subimos até o alto e encontramos um grupo que estava indo colher berries. Essa é mais uma vocação do lugar no verão. Próxima a estação de ski havia também uma mina, mas não nos interessamos pela visita. Já vimos muitas outras, mas para quem não conhece parece valer a pena!

A estrada que subimos saia do outro lado da montanha, mas achamos que já estávamos nos aventurando demais por chegar até ali. Descemos pelo mesmo caminho.

Almoçamos em Palmer em um restaurante chamado Vagabond Blues com comidinhas saudáveis!



De lá seguimos para o  Arctic Valley, um Clube de ski, bem próximo de Anchorage (http://arcticvalley.org/).





Esse foi um passeio muito bacana e com uma vista linda da cidade de Anchorage do alto da montanha.

Começamos a descer e estávamos programando voltar para casa para descansar no final da tarde, quando o Tomás viu acender no painel do carro um alerta de que um dos pneus estava esvaziando.

Pânico! Trocar pneu nas férias, com chuva, em uma estrada de pedra e um domingo no final da tarde! Resolvemos descer devagar e procurar um posto de gasolina, de preferência com borracheiro. Bom, isso não foi uma tarefa fácil.

Conseguimos chegar a um posto de gasolina que era de um Sam's Clube. Não sabíamos, mas só membros do clube de vantagens podem colocar gasolina ou utilizar os serviços. O Tomás ficou um tempão tentando resolver, e no final fizeram um convite de membro por um dia para ele.

Estávamos fora da cidade e ninguém sabia dar informações de onde poderíamos achar um borracheiro. Apesar do convite, esse não deu direito ao reparo do pneu. Depois de horas nessa história, o chefe do setor autorizou que os mecânicos olhassem o carro. Deram o diagnóstico que o pneu não tinha conserto, mas colocaram o estepe. Ufa!

Sugeri que levássemos o carro para a locadora e trocássemos por outro, deixando para a locadora o problema do conserto ou troca do pneu. Precisaríamos do carro no dia seguinte, bem cedo, para viajarmos mais de 500 kms para fazer um cruzeiro nos glaciais e ver baleias. O passeio já estava pago e era caro e imperdível.

Fizemos isso. Para ajudar coloquei no GPS "airport rental cars" e o endereço nos levou a um dos mil aeroportos da cidade. Não preciso dizer que quase fui esganada pelo Tomás! Nem me ocorreu que em uma cidade microscópica daquelas havia mais de um aeroporto!

Bom, tendo sobrevivido a isso, conseguimos chegar no aeroporto certo. Tirei os mil casacos e sacolas que estávamos carregando no nosso carro, enquanto o Tomás trocava o carro.

Ufa, tudo certo, problema resolvido. Entramos no carro novo, igual ao primeiro só que branco e o Tomás perguntou pelo casaco dele. Quando disse que não sabia, já esperei outra bronca. Ele saiu correndo até o carro velho e voltou de mão abanando. Para resumir a história ele esqueceu o casaco pendurado na cadeira do Vagabond Blues, restaurante de Palmer que ficava a 77 kms de onde estávamos.

No dia seguinte tínhamos o tal passeio e esse era o único casaco que ele tinha trazido para a viagem! Voltamos até Palmer, embaixo da maior chuva, depois do Tomás implorar para que alguém nos entregasse o casaco, mesmo com o restaurante fechado.

Ufa, de casaco na mão, finalmente fomos para casa. Estacionamos e perguntei ao Tomás da chave de casa. Vocês não vão acreditar, mas ela estava no buraquinho da porta do motorista do carro velho. Não tínhamos outra chave e a dona da casa já estava viajando quando chegamos em Anchorage. Nem a conhecemos!

Saímos correndo para a locadora do aeroporto e conseguimos recuperar a chave, porque o carro ainda estava no aeroporto.

FIM DO DIA! TODOS EXAUSTOS!