Acho que vocês devem vir a Irlanda. O povo é muito simpático, extremamente gentil, e não dá para entender como eles brigaram tanto. A parte que é da Rainha, Irlanda do Norte, é bem mais limpa, com multas por beber em locais públicos de 500 pounds, ou jogar papel no chão , ou ainda deixar coco de cachorro no chão. Dublin, como falei, era imunda, e sem multa.
Conhecer a Irlanda não pode ser feito sem o passeio no Country side. É um país verde, e para entendê-lo melhor é preciso ver suas fazendolas, suas ovelhas negras, e casas bonitas.
Na Irlanda do Norte, as casas são bem mais simples, tem mais áreas com florestas e parecendo sem dono, e, ainda, tem o muro. Em alguns pontos esse muro é mais alto do que o muro de Berlin. Inacreditável a existência do muro e tanto rancor. Vale a pena esse passeio pelos bairros segregados. Nessa região tem muros pintados com a história, fotografias dos mortos e um memorial do lado católico, e outro muito parecido do lado protestante.
O tempo aqui estava bem doido. Dias nublados, chuva e algumas horas depois o maior sol. Muito vento, salvo pelo chapeuzino da Rússia.
O preço parece alinhado com a Rainha, tudo caro como a Inglaterra. Jantar fora tinha preços parecidos com os do Brasil. Um jantar em um italiano com uma entrada dividida, dois pratos de massa, uma sobremesa e uma garrafa de vinho italiano razoável, saiu 57 pounds.
Um jantar em um restaurante fusion com ingredientes locais e asiáticos o prato de peixe custou 18 pounds. O atendimento nos restaurantes eram impecáveis. Todos são realmente gentis e eficientes.
Um comentário a parte para o Tara Lodge, em Belfast. O hotel é recomendo pelo Tripadviser e é realmente ótimo! Nada de mais, boa localização, estacionamento, atendimento excelente e prestativo, incluindo reservas em restaurantes e Titanic, quarto confortável com tamanho suficiente para as malas, mesinha para o computador, ventilado, iluminado, banheira gostosa e super limpa.
Os ferryboats são excelentes. Os tickets foram comprados do Brasil. Na entrada mostrávamos o papel impresso, que se convertia em um ticket nominal. Áreas de descanso, mesinhas, wifi (estou escrevendo na nossa travessia de Belfast para Cairnryan de 2 horas e meia), lanchonete, restaurante e cabines por mais 30 pounds para descansar, com cama. O Tomás estava doido por uma, o cara é o maior soneca! A chegada sempre muito organizada, pegamos dois e já generalizei. Carros guardados, que entram em filas pré determinadas pelos guardinhas locais, acesso a parte interna do barco e retorno depois que o navio aporta. Tudo civilizado, sem confusão!
As fronteiras não tem nada de parecido com as dos patrícios. Na chegada à Irlanda, no sul, passamos de carro por uma aduana que ninguém pediu nada. Na divisa da Irlanda no Sul para a do Norte, só percebemos que tínhamos atravessado porque as distâncias passaram a ser contadas em milhas, e não mais em quilômetros, e os preços passaram de Euro para Libras.
As paisagens naturais são um capítulo a parte. Os Cliffs of Moher são imperdíveis e o Causew Giant's nem se fala. São paisagens muito diferentes!
Ah! Nem contei que conseguimos as fotos das ovelhinhas negras. Esse negócio estava ficando uma questão de honra.
O café da manhã Irlandes é bem inglês: ovos, bacon, salsicha, feijões, cogumelo, tomate, chá, café e sucos imbebíveis. Não que o resto fosse possível de comer! Nada com um chá com torradas e um yogurte.
A segurança. Não tivemos nenhum problema. Praticamente não vimos guardas, tirando a prisão dos jovens bêbados que foram algemados em plena praça, e um carro de polícia, esse parecendo um caveirão, em uma rua de Belfast. Ambulâncias e bombeiros gritam muito por aqui. Não vimos nenhum acidente, o que é surpreendente com ruas tão estreitas e essa mão ao contrário. Pedintes, todos com cara de bêbados, só em Dublin.
Mc Donalds, praticamente não existe, Burguer King só alguns. Pubs só em Dublin, muito poucos em Belfast. Aqui a linha é mais dura!
As Universidades são lindas, com prédios impressiontes! Poucos lugares para sentar e gramados cercados, mas bonito mesmo assim.
Nada de ovelhinas soltas na estrada. Vamos ver se elas aparecem na Escócia!
Essa travessia está mais "sacolejante"!!!
