sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Istambul - passeios

A primeira noite em Istambul foi só para descansar da viagem do Brasil. Depois de fazer todos os passeios na Turquia de carro, voamos de Izmir para Istambul e ficamos mais quatro noites na cidade.

O nosso hotel dessa vez foi o 10 Karavoy na parte nova da cidade, ao lado da ponte para a cidade velha.

A viagem de Izmir para Istambul foi bem difícil, em função da neve nas duas cidades. Ficamos o dia no aeroporto, depois que decidimos não fazer o percurso de Izmir a Bursa e de Bursa para Istambul de carro em função dos problemas das estradas.

Istambul é uma cidade muito diferente de tudo que conhecíamos na Europa!

Começamos o nosso dia caminhando em direção a Sultanahmet. Atravessamos a ponte Galata e aproveitamos para tirar as primeiras fotos da cidade.





Estava muito difícil andar na cidade! Ruas cheias de neve, calçadas derrapando, uma chatice!


A nossa primeira parada seria a Hagia Sophia, mas antes disso fomos parados por várias pessoas. No "chute" da nacionalidade disseram que o Tomás parecia turco, grego, alemão....

Visitamos fábrica de tapetes, tomamos chá, fizemos amizade, antes de chegar a praça onde ficam a Hagia Sophia e a Mesquita Azul, mas começamos pelas cisternas do Palácio Topkapi.


A Cisterna de Basílica (em turco Yerebatan Sarnıcı), é a maior das dezenas ou centenas de cisternas construídas em Istambul durante a época bizantina e se encontra ao lado da Basílica de Santa Sofia. Construída em poucos meses, no ano 532, utilizando 336 colunas romanas procedentes de templos pagãos da Anatólia, ocupa uma área de 10 000 m², tem 8 metros de altura e capacidade para 30 milhões de litros. Foi utilizada até finais do século XIV como cisterna de água e em meados do século XIX foi restaurada depois de ser usada como armazém de madeira.





Nos pés de algumas colunas existem esculturas de estilo romano com a famosa Medusa, uma de lado e a outra de cabeça para baixo. Muitas lendas sobre elas e como elas foram parar ali.





O local é muito úmido e escuro, como se pode imaginar, mas o tamanho impressiona!

De lá fomos visitar a Hagia Sophia. Que lida!











A Basílica de Santa Sofia, também conhecida como Hagia Sophia, que significa "Sagrada Sabedoria", foi construída entre 532 e 537 pelo Império Bizantino para ser a catedral de Constantinopla. No período de 1453 a 1931 ela se transformou em uma mesquita e depois foi reaberta em 1935 como um museu para as duas religiões.


Famosa principalmente por seu enorme domo, ela foi a maior catedral do mundo por quase mil anos, até que a Catedral de Sevilha fosse completada em 1520. 

Em 1453, Constantinopla foi conquistada pelo Império Otomano que ordenou que o edifício fosse convertido em uma mesquita. Os sinos, o altar, a iconóstase e os vasos sagrados foram removidos e diversos mosaicos foram cobertos por emplastro e só foram restaurados em 1931 na conversão da igreja em um museu secular. Diversas características islâmicas como o mihrad, o mimbar e os quatro minaretes foram adicionados durante esse período. 

Por quase 500 anos, a principal mesquita de Istambul, Santa Sofia serviu como modelo para diversas mesquitas otomanas, principalmente a chamada Mesquita Azul que fica em frente a Santa Sofia.







A noite, quando voltamos a região para ver o dervixes rodopiantes, tiramos outra foto.


Almoçamos no Ottoman Café & Restaurant, depois de uma consulta no Trip Adviser! A comida estava uma delícia e o atendimento super gentil!



Ganhamos sobremesa e chá, prática habitual do restaurante!


E ainda tivemos um show com a abertura do pottery kebab!




Para gastar as calorias, passeio no Grande Bazar! Incrível, ele é enorme mesmo! Apesar de popular, não estava muito cheio no inverno!






Naquele bazar tem de tudo! Continuamos olhando tapetes e começamos a ser levado de uma loja para outra quando dizíamos que não era exatamente aquele que queríamos. Foi muito engraçado! O Tomás rapidamente percebeu que quando pedíamos o cartão, conseguíamos sair das lojas.

Fora do bazar mais um milhão de lojinhas com as bancas na porta!

Continuamos nosso passeio pelo Sultanahmet. O local é incrível! Mil restaurantes, sempre com alguém na porta pronto para puxar conversa e te levar para dentro.




A quantidade de lojas de doces é impressionante! Os Tomás não resistiu e comprou algumas especiarias com o dono de uma loja que também ficou amigo.





Voltamos a ver o pão delicioso que comemos em Izmir!


No fim do dia voltamos para perto da Mesquita Azul e fomos ver os Dervixes rodopiantes.

A mesquita estava fazendo seu chamado para a reza.




Vestidos com saias rodadas de cor branca, estes homens parecem estar em transe quando começam a girar ao som da música. Com uma mão apontada para cima e outra para o chão, eles se tornam um fio condutor entre o céu e a terra. É assim que os Dervixes Rodopiantes (Mevlevi) ignoram a vertigem em um giro religioso que acreditam que os coloque mais perto de Alah.

As semas, cerimônias religiosas onde os dervixes se apresentam, são famosas em praticamente todos os cantos da Turquia.

Fomos ao Café Mesale Restaurant, por inidicação de um dos amigos que conhecemos ao longo do dia, fizemos um lanche, ouvimos música e vimos o dançarino.






Os Dervixes Rodopiantes são adeptos do sufismo. Após a morte de seu mestre, o poeta Jelaleddin Rumi, as semas se espalharam pelos Impérios Seljuk e Otomano. Foram proibidas durante a República Turca de Atatürk, mas logo foram novamente autorizadas e abertas ao público, inclusive aos não-muçulmanos.


Voltamos para o hotel de metrô!



No segundo dia fomos passear no Bósforo!

O Bósforo (em turco İstanbul Boğazı) é um estreito que liga o mar Negro ao mar de Mármara e marca o limite dos continentes asiático e europeu na Turquia.

Tem um comprimento de aproximadamente 30 km e uma largura de 550 a 3000 m. Sua profundidade varia de 36 a 124 m no meio do estreito.

Duas pontes atravessam o estreito de Bósforo, a Ponte de Bósforo e a ponte Faith Sultão Mehmet, além de um túnel ferroviário que tem 1 400 m passando sob o estreito, a uma profundidade de 55 m.

Estava chovendo! Passear na chuva é bem chato! As ruas ainda estavam cheias de neve e escolhemos um passeio onde ficaríamos abrigados até a chuva passar.

O passeio pelo Bósforo saia embaixo da Ponte Galata, quase em frente ao nosso hotel. Caminhamos até lá e pegamos um barco que navegou pelo Bósforo até a segunda ponte e depois voltou margeando o lado asiático de Istambul.

O passeio foi super legal! Do lado europeu toda a história de Istambul e do lado asiático as residências maravilhosas e os super hotéis. Uma pessoa nos disse que Istambul do lado europeu era como Paris e a Istambul asiática como Marseille.

Lado europeu














Lado asiático












Se um dia eu morasse em Istambul, seria do lado asiático! Essa é a Barra da Tijuca deles!

De lá, já com sol, caminhamos para ver a maior mesquita de Istambul, Mesquita
Süleymaniye. 

A Mesquita Süleymaniye ou de Solimão é uma mesquita imperial otomana  situada na segunda colina de Istambul. Foi mandada construir pelo sultão Solimão e a construção foi iniciada em 1550 e terminada em 1557. O complexo ocupa a área do "Eski Saray", o palácio onde funcionava a corte otomana antes de ser transladada para o Palácio Topkapi. Trata-se de uma mesquita mais simétrica, racionalizada e luminosa do que as das mesquitas otomanas precedentes e do que da própria Santa Sofia.






À semelhança de outras mesquitas imperiais de Istambul, a mesquita propriamente dita é precedida por um pátio monumental na parte ocidental. A mesquita possui quatro minaretes, um número só autorizado para mesquitas construídas por sultões (os príncipes e princesas podiam construir dois e as outras pessoas apenas um). Os minaretes têm dez varandas (serifes), o que segundo a tradição indica que Solimão era o décimo sultão otomano.

O interior da mesquita é quase um quadrado, com 59 por 58 metros, formando um vasto espaço sem qualquer divisão. O chão é todo atapetado e é proibida a entrada com sapatos na mesquita. Nas mesquitas há o mihrab, que é um nicho em forma de arco que tem como função indicar a direção da cidade de  Meca, a cidade na Arábia Saudita mais sagrada para a religião islâmica e onde só podem entrar muçulmanos. Outra estrutura da mesquita é o mimbar, que é um púlpito onde o imã profere o sermão da sexta-feira.

Como em outras mesquitas imperiais de Istambul, a Süleymaniye faz parte de um complexo que integra não só uma mesquita, mas também estruturas sociais e culturais. Além da mesquita, no espaço existia um hospital, uma escola primária, balneários públicos, uma hospedaria, quatro escolas islâmicas especializados no ensino do hadith ( corpo de leis, lendas e histórias sobre a vida de Maomé), uma escola de medicina e um refeitório público que servia refeições aos pobres. Muitas destas estruturas ainda existem, mas têm hoje outras funções.

De lá caminhamos no Bazar das especiarias, que não tem só especiarias, mas é bem menor do que o Grande Bazar.



E fomos almoçar em um restaurante de comida mediterrânea. Os cardápios aqui em geral mostram a foto do prato.



Confort food!

Passeamos pela cidade e fomos visitar a Mesquita Azul, que já tínhamos passado na frente, mas não visitado.









Vamos deixar claro que entrar em duas mesquitas já está de bom tamanho! Dá o maior trabalho visitar uma mesquita porque você tem que tirar o sapato, em geral com banco para sentar, colocar o sapato em um saquinho e carregar para dentro. Não parece tão problemático, mas no inverno o seu sapato é uma super bota difícil de tirar, você está de meia que fica molhada porque a área não está totalmente seca e na saída você tem que colocar sua bota de pé. Missão quase que impossível!

As mulheres precisam cobrir a cabeça com um véu e se você não tiver terá que pegar emprestado na entrada da mesquita. 

O lugar onde os turistas podem ficar é atrás de uma cerca, não podendo acessar a parte central da mesquita.

Fomos ao museu de arqueologia próximo ao Palácio Topkapi. Acabamos perdendo o horário de entrada no palácio!








Como eles imaginam que era Constantinopla. Imagem construída a partir de um desenho da época, com as corretes que impediam a entrada dos barcos.

No nosso 3o dia em Istambul passeamos pela parte nova da cidade. Pegamos o metro em Karakoy em  para visitar o Palácio Dolmabahçe, que fica do lado europeu do Bósforo.

O palácio foi o principal centro administrativo do Império Otomano de 1853 a 1922.

O Dolmabahçe foi o primeiro palácio de estilo europeu em Istambul e foi construído por ordem do sultão Abdulmecid I, entre 1842 e 1853, com um custo de cinco milhões de libras de ouro otomanas, equivalentes a 35 toneladas de ouro. Catorze toneladas de ouro foram usadas para ornamentar os tetos do palácio.

O maior lustre de cristal da Boêmia, presenteado pela rainha  Vitória do Reino Unido  decora o salão central. O candeeiro tem 750 lâmpadas e pesa 4,5 toneladas. O Dolmabahçe tem a maior coleção de lustres feitos de cristal da Boêmia e Baccarat do mundo.

Atatuk fundador e primeiro presidente da República da Turquia, passou seus últimos dias no palácio Dolmabahçe. Atatürk morreu em 10 de novembro de 1938, num quarto que é atualmente parte do museu.

No nosso último dia visitamos a Torre de Galata, que fica no agitado bairro de Beyoğlu. A torre ficava quase em frente ao nosso hotel. Subimos de funicular e descemos pelas simpáticas ruas do bairro.

A torre tem 70 metros e no alto um deck com vista panorâmica de 360º de toda Istambul. De lá é possível ver o Estreito do Bósforo, a parte asiática e as mesquitas de Sultanahmet. Tiramos fotos lindas! Eu adoro ver a cidade de cima, e sempre que posso procuro campanário ou outro local alto para ter essa vista.









Para terminar a manhã voltamos ao Grande Bazar para comprar mel com favo e alguns temperos e curtimos mais um pouquinho a cidade!

O nosso passeio pela Turquia foi muito legal! Recomendo! Se quiser a nossa impressão sobre o país leia o post Informações gerais sobre a Turquia.

Até a próxima!